• Diamantino Azevedo: “é chegada a hora dos países africanos produtores de diamantes falarem a uma só voz”


    O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, afirmou, hoje, em Luanda, que ““é chegada a hora dos países africanos produtores de diamantes falarem a uma só voz”.
    O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás falava na abertura da "Mesa-redonda Ministerial sobre os Diamantes Naturais: Desafios e Oportunidades", que decorreu numa das unidades hoteleiras de Luanda.

    Na ocasião, Diamantino Azevedo sublinhou que "África é responsável por mais de 65% da produção mundial de diamantes em bruto”, acrescentando que é tempo de defenderem aquilo que legitimamente lhes pertence e moldarem uma narrativa global que reflicta “a nossa verdade e o nosso imenso potencial".

    "De Angola ao Botswana, passando pela África do Sul, Namíbia, República Democrática do Congo e Serra Leoa, este continente é o coração pulsante do comércio mundial de diamantes. No entanto, a verdadeira medida da nossa riqueza não está na quantidade de quilates extraídos, mas sim no valor que retemos, nos futuros que construímos e na dignidade que preservamos", completou.

    Para Diamantino Azevedo, "quando os consumidores optam por comprar diamantes naturais devem fazê-lo com a consciência de que estão a apoiar uma verdadeira transformação humana, financiando salas de aula, hospitais e sonhos por toda a África".

    Por outro lado, convidou os presentes a conceberem juntos uma "estratégia partilhada, alicerçada na união e na aspiração colectiva, para salvaguardar o futuro da indústria dos diamantes naturais e assegurar o lugar de liderança de África".

    Considerou, ainda, que as alternativas sintéticas, particularmente os diamantes produzidos em laboratório, "têm vindo a ganhar terreno", sobretudo em mercados como os Estados Unidos e a China, referindo que preocupações com a origem ética, restrições comerciais e mensagens fragmentadas "continuam a desafiar a indústria africana".